quinta-feira, 16 de maio de 2013

segunda-feira, 11 de março de 2013

Silence

Os dias em que não queres dizer nada ou que nada tens para dizer, em que se acabam as palavras e se contam os minutos, dias tristes, apáticos que por palavras ditas perdes a vontade de falar. É desistires, é perderes a capacidade de ressuscitar de todas as desilusões, é deambulares sentidos e perceberes que não podes ser salvo porque não te queres salvar, apenas queres ser consertado.
Os dias em que perdes o dom da palavra, em que não proferes nada nem que seja da boca para fora, contra ti ou contra os outros sem pensar em consequências apenas para te sentires dono da verdade. É a abstinência do ser, é o medo de perder, é ficar no meio do nada sem nada para fazer, é segurares as palavras como se de uma bomba se tratassem e esperares que rebentem dentro de ti porque és senhor da tua razão e assim conténs a emoção, assim seguras a lágrima que teima em querer saltar e só por isso, é melhor não falar.

 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Rage

E deixaste-me ir e por muito tempo, demasiado talvez, não me perdeste mas deixaste-me ir. Tentei as palavras e elas não funcionavam porque tu não as ouves, entendes mas não as ouves e porque demasiado tempo tentei escrevê-las mas tu não as ouves, nem que as gritasse, tu não as ouves. O silêncio é egoísmo, não revela nada sempre odiei o silêncio mas é a minha resposta agora, é sentires na pele o silêncio em que me deixaste. Agora já sabes, agora que já me perdeste, agora que já não escrevo nada, agora não quero perder-me em mais tempo. Preferiste a raiva durante tanto tempo que me esqueci como era o teu abraço, como amava o teu sorriso, agora já nem consigo ver-me nos teus olhos. Não te permito mais raiva, não me permito essa raiva, não me permito sentir mais nada, nem mágoa.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Oblivious


Devia procurar o óbvio, as coisas simples mas tenho uma tendência inata para complicar, em alguns momentos sinto que por mais explicações que invente serei sempre ignorante!
Devia escrever os meus pensamentos a branco, seriam muito mais fáceis de interpretar...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Lie to me


Ser irremediavelmente feliz, é o desejo de tanta gente que depois apenas pasma. "Ah, pois, eu quero é ser feliz!" E depois nem sabem o que isso significa. Eu não sou feliz, prefiro ser irremediavelmente parva porque no meio da minha parvoíce uns dias há lágrimas noutros felicidade genuína, não dessa inventada nos contos de fadas ou estórias da carochinha. A bom ver, quem é que vive feliz para sempre? Só se for o gato das botas porque é um gato e os gatos safam-se sempre, ou pelo menos, safam-se mais seis vezes que o resto da malta e depois tem umas botas, qual é o gato que tem umas botas? Felicidade acrescida. 
Escolho ser irremediavelmente parva, escolho ter momentos de alegria insana, escolho as lágrimas que me lavam a alma ou, no mínimo, a cara, escolho ter filhos imperfeitos que fazem birras quando lhes apetece, escolho os amigos que quero, prefiro os parvos que tal como eu não querem ser hipocritamente felizes ou, pelo menos, não me esfregam isso na cara. Escolho ser assim e há quem não goste. Que sejam felizes!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

...de nada

Dou-te um pouco mais de mim e de mim restará nada, o que adianta dar-te tudo quando tudo é quase nada. 
Digo-te um pouco do que sou mas se não queres saber quem sou de que adianta saberes tudo se em troca não sei nada. 
Dá-me um pouco mais de nada, que eu de ti espero tudo e espero aquilo que não se espera de ninguém porque já ninguém dá nada.
Visto-me de nada, do nada que me dás e sinto-me nua mas se nua quero estar, dos teus braços me vestir e sentir que tenho nada.
E de repente, sem razão aparente aquela lembrança que assoma a memória e sorrio porque não preciso de mais nada!

See you

Prometo a mim própria enterrar memórias, não as antigas porque essas fazem parte do que sou. Aquelas, as de ontem ou pouco mais que isso, com elas faço pouco mais que castelos na areia, levados pouco depois por uma onda mais atrevida. Hoje digo, vou desistir de quem desiste de mim, digo mais, hoje vou desistir de ti, pelo menos... até amanhã!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Empty

Apenas nada é tudo o que me apetece hoje. É fechar os olhos e tentar perceber as palavras dos outros ou mais do que isso, a ausência das ditas. É adormecer e sonhar com o gesto por fazer, a atitude certa perante nada. Como tal, solicito o sonho, na maioria das vezes mais real que a inverdade de estar desperto.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Disguise

Sinto tudo, até o que finjo não sentir.
Sou demasiado frágil para não sentir, queria não sentir tanto porque o que sinto, sinto demais. 
Sinto palavras que nem sorrisos. sinto os sorrisos que nem abraços, sinto os abraços que nem beijos e os beijos... quando os sinto. 
Sinto saudade e paixão e malícia como se de amor se tratasse. Sinto e ignoro, sinto o que não sinto e finjo não sentir. E assim me vou fingindo para não sentir que finjo, para não me sentir assim. 
Finjo tudo e sinto que morro ao fingir.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Wake me

Tento calar a insónia já que não consigo sonhar antes de dormir, tenho-te mais quando durmo, invades os meus sonhos e sinto-te como chuva em terra seca. Quero dormir mas não consigo dormir, desperta penso-te mas não te sonho, desperta tenho-te numa realidade incerta, desperta sou demasiado sensata. Quero dormir e ser incoerente, quero dormir e ser ingénua, quero dormir para te poder sonhar mas não consigo dormir porque despertas o meu cansaço.