Constato que tenho saudades da solidão, do tempo em que era mais feliz sozinha e me sentia preenchida. Desconheço e detesto o amargo em que te tornaste, não sei se me culpo por tantas vezes dividir contigo pensamentos, esperando avidamente um qualquer retorno, o que fosse desde que não fosse o habitual silêncio. Não sei se pela insistência ou se por circunstâncias mal curadas da vida, jorras amiúde razões, quase sempre mal formadas onde antes só habitavam pensamentos desirmanados ou um total vazio, desorientas-me os sentidos, replico agora com silêncio em jeito de desafio.
Feita está a cama, lençóis enrolados, nela terei de me deitar e permanecer enquanto não encontrar a resposta que te cale de vez ou te amanse o coração. Nem sei porque a fiz, o sono ou a ausência dele não me matava, morria de sede mas não de sono. Bebera eu um copo de água e tivesse permanecido no silêncio que me aquietava, agora não estaria a despoletar uma tempestade. Sou o copo.
Também podes ser a água que mata a sede.
ResponderEliminarDemasiado revolta essa água.
Eliminar