Consta-me que já não me amas. Não foi um passarinho que me disse, não foi uma língua afiada. São devaneios da minha mente, mais assertiva do que parece. Abandonas-me de corpo presente e alma ausente, quem fui para ti é passado se agora sou apenas embaraço ou constrangimento. Não te vou amar mais se o que sinto é desamor, um amor que se vai devagar, lentamente, que se escorre, que se vai cheio de pena e de penas. Pois não penarei mais, inspiro e bato em retirada, daqui não levo mais nada, saio amena e resignada, doutros amores me valho para consolar esta alma destroçada.
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