Apaixonei-me por ti uma noite de Janeiro, assim... sem dares por nada e sem te conhecer, deixei-me levar pelo teu sorriso. E nem aquele chapéuzinho ridículo que usavas me impediu de me apaixonar por ti.
Ouvia-te sempre pelo canto do olho e sorria para dentro, assim... sem ninguém ver. E nem as piadas idiotas que dizias me impediram de me apaixonar por ti.
E seguia-te por onde me era permitido e tudo o que dizias imaginava que era eu, era eu nas tuas palavras e chorava quando eram cruéis e julgava-me assim tua sem sequer saberes que gostava de ti.
E eras tão fútil, tão triste sempre a rir, sempre atrás das outras ovelhas e a julgares que eras o cão mas não, eras apenas mais uma e eu sabia... mas mesmo assim gostava de ti.
Até ao dia que me sorriste e me viste por trás daquele chapéuzinho ridículo, saíste do rebanho e por uns tempos achei que havia um final feliz para ti, até ao dia que te entendi.
Nunca serás mais que aquilo que sempre foste, porque limitas a tua capacidade de sonhar ao tamanho do teu rebanho, qual rebanho? esse rebanho que nem é teu! E fui deixando de te amar e foi simples e se sempre me custou deixar de gostar de alguém, de ti não. Quem vê o mundo tão pequenino nunca poderá crescer, nunca sairá do rebanho, nunca será cão! Nunca serás cão!
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