Carrega a tua sombra como se de um espelho se tratasse, não para te veres, para veres os outros. Quando feres, sente o espinho. Quando usas, sente-te usado e quando amas, sente-te amado. Ao meio-dia sentes-te sozinho e na noite isolado mas carrega a tua sombra como se de espelho se tratasse.
terça-feira, 6 de maio de 2014
Give back
Carrega a tua sombra como se de um espelho se tratasse, não para te veres, para veres os outros. Quando feres, sente o espinho. Quando usas, sente-te usado e quando amas, sente-te amado. Ao meio-dia sentes-te sozinho e na noite isolado mas carrega a tua sombra como se de espelho se tratasse.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Deception
Ás vezes, de uma forma doce sentes o amargo da rejeição, partilhas o que sentes porque te sentes numa clausura sem fronteira confinada a algo que te deixa espaço demais. Tens de dizer o que sentes, o coração sai-te pela boca mas tropeças nas palavras porque desafias a estabilidade do pouco que nem é teu. Queres tanto isso, queres tanto o pouco, vives a vida a precisar de alguém muito mais do que esse alguém precisa de ti, deixas que te defina os limites quando os limites são teus.
Só tu sabes onde acabas.
Acabas por dizer, por medo ou por coragem mas acabas a dizer que se te deixasse, ai se te deixasse, sentir-te-ias pequena ao pé desse alguém, de tão grande que é. Queres dizer "amo-te" e aguardá-lo de volta mas dizes apenas "gosto de ti" porque não te custa dizer amo-te, custa que te devolva "não te amo" ou "nem sequer gosto de ti".
Dizes que se não te amar não faz mal, assim não tropeças mais, assim continuas caminho, arrepias atalhos à procura de outro ser ou apenas de seres. Assim já podes adormecer, desprovida de sono mas cheia de sonhos. Assim páras de imaginar, assim páras para adormecer, contudo, para adormeceres lambes as lágrimas da decepção.
Esqueceste que só tu sabes onde acabas.
Rain
Odeio o vento que me tolda o pensamento, leva-me as palavras, as doces pelo menos... Prefiro a chuva, nela me aninho e animo, salto nas poças e lambo os pingos, sacudo os cabelos enroscados de água. Visto-me de calças velhas, camisola amarrotada e livro-me dos sapatos, aguardo debaixo de uma nuvem negra, espero a chuva que desaba e me arrebata, nela me encontro e me encho de palavras e coragem, de punhos erguidos grito tudo o que sinto e lavo a alma e o pensamento. A amargura arrasta-se nos riachos efémeros que apenas persistem enquanto chover, tal como as minhas palavras perdurarão enquanto a chuva cair ou o silêncio as corroer.
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